Por que existem guerras? Freud, Dostoiévski e S. Aleksiévitch explicam

Por que existem guerras? Freud, Dostoiévski e S. Aleksiévitch explicam

Por que existem guerras? Freud explica – Dostoiévski e Svetlana Aleksiévitch, também | Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler

Por Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler

Data e hora

sábado, 1 fev 2025 04:00 até 06:00 PST

Localização

On-line

Política de reembolso

Reembolsos até 7 dias antes do evento

Sobre este evento

  • O evento dura 2 horas

Por que existem guerras? Freud (1856-1939) explica Dostoiévski (1821-1881) e Svetlana Aleksiétich (1948 - ), também. Diálogos com o ensaio O mal-estar no civilização (1930), de Sigmund Freud; a troca de cartas sobre a guerra entre Sigmund Freud e Albert Einstein (1933); o texto literário Um paradoxalista (1876), de Fiódor Dostoiévski; e a obra A guerra não tem rosto de mulher (1983), de Svetlana Aleksiévitch.

Será o 46.° curso literário da Universidade Virtual do Vassoler, que, no dia 15 de outubro de 2025, completará 5 anos.

AVISO IMPORTANTE: O Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler fará a tradução do texto literário Um paradoxalista, de Dostoiévski, que consta do Diário de um escritor, e a mandará para os alunos e as alunas do curso quando do início das aulas.

Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler: doutor em Letras pela USP, com pós-doutorado em Literatura Russa pela Northwestern University (EUA).

Quando: 01/02, 08/02, 09/02, 15/02, 16/02, 22/02, 23/02 e 01/03/25 (5 sábados e 3 domingos), das 11h às 13h (horário de Brasília).

Onde: o curso será oferecido pela plataforma Zoom. Para assistir às aulas, será preciso fazer um cadastro gratuito no Zoom e baixar o programa, também gratuitamente, em seu celular ou computador. O link para a sala de aula será enviado para os/as inscritos/as, por e-mail, até o dia 30/01/25, antevéspera do início do curso.

AVISO IMPORTANTE 1: CASO VOCÊ QUEIRA SE INSCREVER NO CURSO FAZENDO O PAGAMENTO POR MEIO DA EMISSÃO DE UM BOLETO BANCÁRIO, À VISTA OU DE FORMA PARCELADA, ENTRE EM CONTATO COM O PROF. DR. FLÁVIO RICARDO VASSOLER POR MEIO DE UM DOS SEGUINTES E-MAILS: (1) within_emdevir@yahoo.com.br | (2) nomade.editora@gmail.com

AVISO IMPORTANTE 2: a plataforma Eventbrite permite que o pagamento da inscrição do curso seja feito à vista, por cartão de crédito ou cartão de débito, ou de forma parcelada, pelo cartão de crédito.

AVISO IMPORTANTE 3: caso você opte pelo parcelamento, preencha TODOS os campos referentes aos dados da forma de pagamento PARA QUE AS OPÇÕES DE PARCELAMENTO APAREÇAM, conforme os passos descritos abaixo:

(1) após clicar no ícone de pagamento, aparecerá uma tela para você preencher seu nome, sobrenome, e-mail e número do telefone celular nos campos devidos;

(2) na sequência e logo abaixo, preencha os dados do cartão (número do cartão, data de validade, código de segurança e nome do titular do cartão) e o seu CEP nos campos devidos;

(3) na sequência e logo abaixo, escolha um método de identificação (CPF) e preencha o número do documento no campo devido;

(4) na sequência e logo abaixo, aparecerá a aba “Selecione o emissor”, e você poderá escolher a bandeira do seu cartão (por exemplo: Visa, Mastercard etc.)

(5) na sequência, logo abaixo e por fim, você poderá escolher o número de parcelas (até 12 vezes).

Observações:

1. As aulas serão ministradas ao vivo. Quem não puder assistir às aulas em tempo real terá acesso às gravações. Bastará enviar um e-mail para o professor (within_emdevir@yahoo.com.br), após a inscrição, para relatar a necessidade de acompanhar as aulas gravadas.

2. Ao fim do curso, será emitido um certificado digital de participação, do qual constará a carga horária total (16 horas).

3. O curso não pressupõe leitura dos textos e obras de Sigmund Freud, Fiódor Dostoiévski e Svetlana Aleksiévitch que serão abordados. Faremos a leitura e a análise conjuntamente ao longo das aulas.

4. Quem se inscrever no curso em questão terá acesso às aulas gravadas de um dos seguintes cursos por mim já ministrados:

(1) O mal-estar como civilização: diálogos entre Fi´ódor Dostoiévski e Sigmund Freud sobre a modernidade; ou

(2) Recordações da casa dos mortos, de Fiódor Dostoiévski; ou

(3) Grandes obras da literatura: análise do romance Guerra e paz, de Liev Tolstói; ou

(4) Grandes obras da literatura: análise do romance Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez.

***AVISO IMPORTANTE: APÓS A REALIZAÇÃO DA INSCRIÇÃO NO CURSO, ENVIEM UM E-MAIL PARA O PROF. DR. FLÁVIO RICARDO VASSOLER PARA QUE POSSAM RECEBER AS AULAS DO CURSO BÔNUS ESCOLHIDO: within_emdevir@yahoo.com.br

5. Se as vagas do curso se esgotarem e você não conseguir fazer sua inscrição aqui pela plataforma Eventbrite, envie um e-mail para o professor (within_emdevir@yahoo.com.br), pois você ainda poderá se inscrever por PIX ou por boleto bancário para ter acesso às aulas gravadas do curso.

Sinopse do curso:

As guerras, infeliz e tragicamente, não são excepcionais ao longo da história humana, já que, para cada ano de paz, existem cerca de treze anos de guerras. Nos dias atuais, seja na Ucrânia, com um conflito que já se prolonga há quase 3 anos (fevereiro de 2022 - fevereiro de 2025), seja no Oriente Médio e, potencialmente, na Ásia, a guerra continua a rondar o mundo como um espectro e a devastá-lo com seus coturnos, tanques e explosões cada vez mais inescapáveis.

No ensaio O mal-estar na civilização e nas trocas de cartas com o físico nuclear Albert Einstein (1879-1955), o médico e psicanalista austríaco Sigmund Freud discorre sobre as condições ético-psíquicas das pessoas em sociedade, e suas reflexões sobre a violência e a prática das guerras voltam-se não para a possibilidade de erradicar os conflitos da história humana – para Freud, hipótese estéril e inexistente –, mas para a potencial sublimação da violência que municia as guerras para finalidades que se encontrem dentro dos marcos e limites civilizatórios – a arte e a política democrática, por exemplo, seriam realizações culturais que, mesmo sob o signo do mal-estar, isto é, da necessária limitação dos desejos humanos para o convívio em sociedade, poderiam desviar a finalidade belicista da violência intrínseca ao ser humano para que ela municiasse grandes criações do imaginário e o salutar processo de pluralidade negocial de ideias próprio ao contraditório democrático.

Munidos dos fundamentais conceitos freudianos, passaremos a caminhar entre os escombros da guerra ao lado de dois grandes autores das letras russas: Fiódor Dostoiévski, em seu texto Um paradoxalista, e Svetlana Aleksiévitch, com a obra A guerra não tem rosto de mulher.

Como o título Um paradoxalista já nos pode sugerir, o diálogo desenvolvido por Dostoiévski discerne, em meio à guerra, um tipo radicalmente contraditório de fraternidade e camaradagem entre os membros de batalhões que, segundo um dos interlocutores (um homem afeito à mais vertiginosa dialética), superaria o egoísmo e o individualismo burgueses dos tempos de paz. A guerra, novamente segundo o paradoxalista dostoievskiano, traria a busca por dimensões coletivas de grupo e nação para além do indivíduo burguês, que, em sua paz altamente competitiva, só se volta para o próprio umbigo.

Em A guerra não tem rosto de mulher, por sua vez, Svetlana Aleksiévitch entrevista várias mulheres que estiveram na Segunda Guerra Mundial (1939-1941), que, até hoje, os russos conhecem como Grande Guerra Patriótica (1941-1945); mulheres que atuaram não só nos bastidores, como também nas próprias trincheiras da guerra; mulheres que, para além dos bombardeios, incêndios e mortes, puderam compor um mosaico com os mais profundos e intrincados aspectos da condição humana, de modo a nos fazer entender como a guerra, atividade historicamente destinada aos homens, pode ser discernida com o rosto e as vozes das mulheres.

Da psicanálise de Sigmund Freud à grande literatura russa de Fiódor Dostoiévski e Svetlana Aleksiévitch, o 46.° curso literário da Universidade Virtual do Vassoler nos fará compreender as múltiplas vozes e dimensões da guerra, trágica e infelizmente uma das práticas mais arraigadas à história humana.

Vale a pena frisar que o curso não pressupõe a leitura prévia dos textos e obras de Sigmund Freud, Fiódor Dostoiévski e Svetlana Aleksiévitch. Ao longo das aulas, faremos a leitura e a análise conjuntamente. Ademais, quem se inscrever no curso em questão terá acesso às aulas gravadas de um dos seguintes cursos por mim ministrados:

(1) O mal-estar como civilização: diálogos entre Fi´ódor Dostoiévski e Sigmun Freud sobre a modernidade; ou

(2) Recordações da casa dos mortos, de Fiódor Dostoiévski; ou

(3) Grandes obras da literatura: análise do romance Guerra e paz, de Liev Tolstói; ou

(4) Grandes obras da literatura: análise do romance Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez.

***AVISO IMPORTANTE: APÓS A REALIZAÇÃO DA INSCRIÇÃO NO CURSO, ENVIEM UM E-MAIL PARA O PROF. DR. FLÁVIO RICARDO VASSOLER PARA QUE POSSAM RECEBER AS AULAS DO CURSO BÔNUS ESCOLHIDO: within_emdevir@yahoo.com.br

Estrutura das aulas (5 sábados e 3 domingos, das 11h às 13h, horário de Brasília):

Aula 1 (01/02/25): O mal-estar como civilização: análise do ensaio O mal-estar na civilização, de Sigmund Freud, e da troca de cartas Um diálogo entre Freud e Einstein: por que a guerra? | Parte I de III.

Aula 2 (08/02/25): O mal-estar como civilização: análise do ensaio O mal-estar na civilização, de Sigmund Freud, e da troca de cartas Um diálogo entre Freud e Einstein: por que a guerra? | Parte II de III.

Aula 3 (09/02/25): O mal-estar como civilização: análise do ensaio O mal-estar na civilização, de Sigmund Freud, e da troca de cartas Um diálogo entre Freud e Einstein: por que a guerra? | Parte III de III.

Aula 4 (15/02/25): Teria a guerra algum sentido gregário e supraindividulista? Análise do texto literário Um paradoxalista, de Fiódor Dostoiévski.

Aula 5 (16/02/25): Tragédia e agonia, lirismo e amor entre os escombros. Análise da obra A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch | Parte I de IV: capítulos "O ser humano é maior do que a guerra"; "Não quero me lembrar..."; "Cresçam, meninas... Vocês ainda estão verdes..."; e "Fui a única a voltar para a minha mãe".

Aula 6 (22/02/25): Tragédia e agonia, lirismo e amor entre os escombros. Análise da obra A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch | Parte II de IV: capítulos "Em nossa casa vivem duas guerras..."; "O gancho do telefone não atira"; "Nos condecoravam com umas medalhas pequenas..."; "Não era eu".

Aula 7 (23/02/25): Tragédia e agonia, lirismo e amor entre os escombros. Análise da obra A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch | Parte III de IV: capítulos "Até agora me lembro daqueles olhos..."; "Não atirávamos"; "Eram necessários soldados... Mas também queríamos ser bonitas..."; "Senhoritas! Vocês sabem que um comandante de pelotão de sapadores só vive dois meses...".

Aula 8 (01/03/25): Tragédia e agonia, lirismo e amor entre os escombros. Análise da obra A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch | Parte IV de IV: capítulos "Só olhar uma vez..."; "Sobre a batata miudinha..."; "Mamãe, o que é papai?"; "E ela botava a mão ali, onde fica o coração..."; "De repente, me deu uma vontade enorme de viver...".

Flávio Ricardo Vassoler, escritor, professor, psicanalista em formação e youtuber, é doutor em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado em Literatura Russa pela Northwestern University, que fica em Evanston, nos Estados Unidos. Durante o mestrado, realizou um curso de língua russa e pesquisas bibliográficas junto à Universidade Russa da Amizade dos Povos, que fica em Moscou, na Rússia. É autor do romance O evangelho segundo talião (nVersos, 2013); do livro de ensaios e aforismos sobre cinema, literatura e teoria social Tiro de misericórdia (nVersos, 2014); do livro-tese Dostoiévski e a dialética: fetichismo da forma, utopia como conteúdo (Hedra, 2018); do livro de crônicas, ficções e ensaios Diário de um escritor na Rússia (Hedra, 2019); e do romance de formação em diálogos Metamorfoses, os anos de aprendizagem de Ricardo V. e seu pai (Nômade, fiel como os pássaros migratórios, 2021). É colunista do site Brasil 247, para o qual escreve ficções sobre sua experiência nômade no continente europeu. Colabora, periodicamente, para o caderno literário "Aliás", do jornal O Estado de S. Paulo; para o caderno "Ilustríssima", do jornal Folha de S.Paulo; e para as revistas Carta Capital, Veja e Piauí. Apresenta aos sábados, na TV 247, o programa Filosofia do Cotidiano, ao longo do qual analisa fatos e processos da contemporaneidade por prismas histórico-filosóficos. Canal no YouTube: clique aqui

Organizado por