LING apresenta: Bonikta, com intervenção artística inédita

LING apresenta: Bonikta, com intervenção artística inédita

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LING apresenta: Bonikta, com intervenção artística inédita

Por Instituto Ling

Data e hora

segunda, 3 fev 2025 10:30 até sábado, 15 mar 2025 20:00 GMT-3

Localização

Instituto Ling

João Caetano , 440 Três Figueiras Porto Alegre, RS 90470260 Brazil

Sobre este evento

  • Estacionamento pago no local

O Instituto Ling recebe com muita alegria o artista paraense Caio Aguiar, que se manifesta através de uma personagem chamada Bonikta, para realizar uma intervenção artística inédita em uma das paredes da instituição. De 3 a 7 de fevereiro, o público poderá acompanhar gratuitamente a criação da nova obra, realizada ao vivo no período de funcionamento do centro cultural. Será possível observar o processo criativo, técnicas e movimentos durante a criação. Após a finalização, o trabalho ficará exposto para visitação até o dia 15 de março, com entrada franca.

A atividade faz parte da terceira temporada do projeto LING apresenta, e conta com a curadoria de Vânia Leal, atual Diretora de Projetos da Bienal das Amazônias e membro do grupo de crítica do Centro Cultural São Paulo.

Após a finalização do mural, Bonikta irá comentar a experiência e o resultado em bate-papo com o público, no dia 8 de fevereiro, sábado, às 11h, em frente à obra. Faça sua inscrição sem custo.


Amazônias: no tremor das vidas

Uma narrativa histórica da arte na Amazônia brasileira compreende muitas “Amazônias”, pois resguarda realidades diversas. Neste cenário, surge o projeto LING apresenta Amazônias: no tremor das vidas, como um disparador nessa perspectiva plural, com artistas que desentravam a compreensão da interculturalidade, dos contatos, das provocações e das possibilidades nesses espaços imensos quando a Amazônia se torna o centro de preocupação da humanidade.

O tremor das vidas nas Amazônias está nas placas tectônicas, no tremor das pororocas, do jambu na boca e nos sentidos, no treme das aparelhagens, no tremor do mundo, no negacionismo da ciência, nas narrativas dos povos da floresta, no pó de paricá e no transe como parte da ancestralidade florestânica…

A partir dessas provocações, a mostra aponta caminhos e impasses da arte compostos por artistas do continente amazônico. Estes discutem, por meio de investigações e territorialidade, as relações afetivas, políticas, sociais e culturais de identidades e de pertencimento, assim como o “imaginário geográfico”.

Defende-se que a arte não pode se limitar à expropriação dos valores simbólicos e saberes materiais dos ribeirinhos, povos indígenas, quilombolas, assentados, afro-indígenas, castanheiros e de todo sujeito que mobiliza a sensibilidade de qualquer artista.

É importante também ressaltar que, historicamente, esses sujeitos seguem elaborando estratégias criativas de sobrevivência como protagonistas, por meio de tecnologias ancestrais à manutenção da vida que pulsam nesses lugares poéticos e políticos.

Entre o “bom selvagem” idealizado de uma visão romântica e o “inferno verde”, a Amazônia quase mitológica é o ambiente em que cabe ao artista criar pontes críticas com o real, dar asas ao imaginário e fortalecer o simbólico coletivo. Este é o desejo para esta edição do projeto LING apresenta.

Vânia Leal

Curadora


Sobre o artista:

Bonikta (Ourém, Pará, 1995)

Caio Aguiar, vulgo Bonikta, é multiartista independente, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia). Transita por diversas linguagens artísticas, como pintura, fotografia, desenho digital, grafite, lambe-lambe, ilustração, vídeo, animação, tatuagem e confecção de máscaras. Sua expressão artística se materializa nas aparições das Boniktas, que habitam um universo “enkantado” inspirado pelo imaginário originário e interiorano amazônico, refletindo suas vivências pessoais e sonhos ancestrais e construindo pontes simbólicas entre o interior e a cidade, a rua e a floresta. Participou da primeira edição da Bienal das Amazônias, além de outras exposições coletivas, como Delírio Tropical, na Pinacoteca do Ceará. Em 2025, integrará a 14ª Bienal do Mercosul. Vive e trabalha em Belém, no Pará.


Sobre a curadora:

Vânia Leal Machado (Macapá, Amapá)

Mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura, atua na área de curadoria e pesquisa em Artes Visuais, tendo participado de júris de seleção e premiação e organizações de salões. Foi Curadora Educacional do Projeto Arte Pará e fez a curadoria de exposições como Mastarel: Rotas Imaginais (2019) de Elaine Arruda no Banco da Amazônia, Tecidos de Certeza (2019) de Elisa Arruda na Galeria Elf, Coleção Eduardo Vasconcelos (2021) nas Galerias Theodoro Braga e Benedicto Nunes no Centur, A Inversão do cotidiano (2022) de Elisa Arruda na Galeria Ruy Meira, Nhe Amba (2022) de Xadalu Tupã Jekupe no SESC Paraty, Gravado na Alma (2023) de Eduardo Vasconcelos no Banco da Amazônia, entre outras. Foi curadora da primeira edição da Bienal das Amazônias, em 2023. Atualmente, é Diretora de Projetos da Bienal das Amazônias e faz parte do grupo de crítica do Centro Cultural São Paulo. Vive e trabalha em Belém, no Pará.


Esta programação é uma realização do Instituto Ling e Ministério da Cultura / Governo Federal, com patrocínio da Crown Embalagens.


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